A moda começou por volta do século XV durante o Renascimento Europeu. Nessa época, as pessoas usavam o mesmo estilo de roupa ao longo de toda a vida e a moda surgiu como uma variação para diferenciar isso.
Durante a Idade Média, as roupas variavam de acordo com a classe social, com leis que limitavam certos tecidos e cores aos nobres. A burguesia, que era rica, mas não nobre, começou a imitar o estilo nobre, fazendo com que os costureiros produzissem uma nova variedade de estilos para distinguir os nobres dos burgueses.
Os custos de tecidos modernos na Revolução Industrial e a invenção das máquinas de costura em 1850, contribuíram para a diversificação e acessibilidade da moda.
Com a facilitação das confecções, até as pessoas mais simples puderam adquirir roupas dignas. No entanto, as mulheres ainda enfrentam limitações na modernização e continuaram a usar roupas feitas sob medida. Diante desse desafio, a alta-costura surgiu, criando uma variedade de estilos por meio de estilistas inovadores que estabeleceram tendências de épocas.
O pioneiro da alta-costura
Propulsor importante da história da moda, o artesão Charles Frederick Worth, abriu o primeiro ateliê em Paris em 1858. Ele substituiu a crinolina pela anquinha, uma estrutura que realçava os quadris e o traseiro feminino. Durante a Belle Époque, seus modelos com silhueta de corpo ampulheta, destacando ombros, quadris e cintura fina, foram muito populares.
Primeira Guerra Mundial
A Primeira Guerra Mundial teve um impacto significativo na moda, dando prioridade ao conforto nas roupas devido ao papel das mulheres no trabalho durante o conflito. A escassez de tecidos levou ao encurtamento das saias até o tornozelo e os chapéus foram reduzidos para se adequar aos cortes de cabelo curtos da época.
Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial teve um impacto significativo na moda europeia, levando ao fechamento de muitas lojas e ao racionamento de tecidos. Para lidar com isso, surgiram alternativas como fibras sintéticas. Após a guerra, em 1946, surgiu o conceito de ready-to-wear, uma produção em escala industrial que permitia diferentes numerações para um único modelo. Esse conceito, chamado prêt-à-porter na França, revolucionou a moda. Em 1959, Pierre Cardin desenvolveu a primeira coleção, facilitando aos consumidores a escolha de peças de acordo com suas numerações.
A influência da Chanel na história da moda
Gabrielle Bonheur Chanel, mais conhecida como Coco Chanel, deixou uma marca significativa na moda dos anos 1920. Sua trajetória começou em 1910, quando trabalhava em uma loja de chapéus, evoluindo para a abertura de suas próprias boutiques. A Maison Chanel, localizada na Rue Cambon, em Paris, é um marco duradouro. O estilo da marca Chanel era conhecido por sua elegância e minimalismo, alcançando um grande sucesso financeiro. Em 1919, Coco Chanel criou o icônico “Little Black Dress”, um vestido preto de crepe que se tornou uma peça atemporal. A Vogue americana, em 1926, descreveu esse vestido como o “Ford” da Chanel,sendo comparado ao modelo T da Ford, devido sua popularidade global.
Em 1930, Chanel alcançou sucesso internacional, apoiada por atrizes de Hollywood que vestiam seus modelos. A Segunda Guerra Mundial impactou sua marca, com a Rue Cambon vendendo apenas perfumes e acessórios durante o conflito. Em 1954, a estilista retornou, estabelecendo trajes como vestidos pretos, acessórios de pérolas e cardigãs como marcas registradas da Chanel, tornando-se parte essencial da história da moda.
Moda nas Décadas: uma breve história
Anos 60: a década de 1960 foi marcada pela quebra de padrões e liberdade de expressão na moda. Influências do Rock’n’roll e ícones como Elvis Presley deixaram sua marca. A minissaia e o estilo inovador dos Beatles também foram destaques, desafiando tradições.
Anos 70: os anos 70 apresentaram uma diversidade de estilos, desde o hippie até o punk. A música, especialmente o punk, influenciou a moda, enquanto estilistas renomados, como Calvin Klein, deixaram sua marca com um guarda-roupa conciso para mulheres profissionais.
Anos 80: os anos 80 foram marcados pelo exagero na moda, com ombreiras e cores vibrantes. A alfaiataria feminina foi influenciada por mulheres em cargos de chefia. Hugo Boss ganhou destaque internacional com ternos prêt-à-porter, enquanto seriados de TV glamorosos, como Dallas e Dynasty, influenciavam o estilo de vida.
Anos 90: a diversidade reinou nos anos 90, com Jeans coloridos e blusas segunda pele eram bem populares, refletindo a influência do Grunge um subgênero do rock. Isso influenciou em looks mais descontraídos, como calças, bermudas largas e camisetas xadrez sendo comuns entre os jovens. A moda da época, foi marcada por releituras das décadas anteriores, especialmente dos anos 60 e 70, foram evidentes.
Mundo Globalizado: a globalização transformou a moda, tornando-a mais acessível e rápida. A história da moda reflete uma constante reinvenção, onde vai se adaptando aos momentos vividos. Em 2020, a pandemia do Covid-19 impulsionou o crescimento dos serviços de entrega de roupas e lojas online, dessa forma facilitando que a moda chegue até as pessoas.
Em resumo, as tendências na moda podem durar por muito tempo ou então, serem passageiras, dependendo do gosto popular e das influências da mídia. A história da moda está sempre evoluindo, acompanhando as mudanças nos costumes e comportamentos ao longo do tempo.